Às vezes é complicado sabe, e quando parece que vai dar tudo certo, porque você presume que já derrubou tantas vezes as cartas, tentando equilibrá-las, e agora a gravidade tem que ser sua cúmplice e deixar você terminar o castelo, mas vem o vento e tudo desmorona. E o vento sou eu, e é você. E também é minha enxaqueca.
“Na próxima uso tijolos ao invés de cartas de baralho para criar o castelo”, eu penso. Mas daí não teria o mesmo encanto.
E lá vou eu, pegando carta por carta, espalhadas na mesa, no chão.
Vou empilhá-las outra vez, enquanto ouço um pouco de Robyn…
“…Still I’m dying with every step I take
But I don’t look back
We could keep trying
but things will never change
So I don’t look back
Still I’m dying with every step I take
But I don’t look back
And it hurts with every heartbeat”