14 de abril de 2024

Me deu uma crise de choro, olhando pela janela do avião. Tô com um nó na garganta, soluço entalado, enlatado, enlutado.

“Que porra de perrengue chique, ein” penso comigo. Mas a verdade é que dar adeus não é fácil, mesmo quando é preciso.

Dar adeus para nós não significa só dar adeus para você, mas para o eu que eu era ao seu lado. Significa dar adeus aos trocadilhos, às piadas internas, aos olhares de cumplicidade, ao carinho.

Dar adeus dói, mesmo quando é preciso.

Só me resta olhar com ternura para quem éramos, quem eu era, quem você era, e ter esperança, carinho, cuidado e atenção comigo e com quem eu serei daqui em diante.

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